6 de jan. de 2017

RESENHA: DAMA DA MEIA-NOITE

Dama da Meia-Noite (Os Artifícios das Trevas)

Autora: Cassandra Clare

Editora: Galera Record

Páginas: 560

Ano: 2016

Nota: 7.8/10

Sinopse: Em “Dama da Meia-Noite”, Cassandra retoma o universo de fantasia urbana da série Os Instrumentos Mortais, que já ganhou a tela de cinema e agora é série de TV exibida pelo canal Netflix. Cinco anos após os acontecimentos de Cidade do Fogo Celestial, acompanhamos os Caçadores de Sombras do Instituto de Los Angeles enquanto tentam descobrir os responsáveis por uma série de assassinatos que vitimam tanto humanos quanto fadas. Agora Emma Carstairs é uma jovem em busca dos assassinos de seus pais, com a ajuda de seu parabatai, Julian Blackthorn. As crianças cresceram e podem se tornar os melhores Caçadores de sua época.


Bom, eu já li a coleção Os Instrumentos Mortais inteira e já estava familiarizada com a escrita de Cassandra Clare, que confesso não era melhor escrita do mundo, mas era uma ÓTIMA estória. Em Dama da Meia-Noite a autora deu uma leve melhorada, mas as características não foram perdidas. O meu maior problema nessa leitura foi o começo, sabe quando a leitura não flui, parece que a história está arrastada, acontece várias coisas, mas mesmo assim parece meio sem graça? Isso foi o que pensei quando comecei e até a metade do livro a leitura estava maçante. Só que a partir de uma revelação a estória parece que tomou um rumo diferente, tudo pareceu ter uma ligação e as características da autora ficaram mais evidentes, deixando a leitura mais rápida e fluida. 

Mas não espere uma super inovação na estória, ainda é a mesma “rotina” dos outros livros da Cassandra, gente morrendo, ressuscitando e o casal principal não podendo ficar juntos. Mas vamos falar do contexto em si. Nesse livro vamos ver os personagens Emma Carstairs e Julian Brackthorn, que apareceram no último livro da série Instrumentos Mortais. Durante a Guerra Maligna tudo em suas vidas mudou, Emma perdeu seus pais e ficou sozinha e Julian teve que tomar uma difícil decisão, buscando proteger seus irmãos ele teve que matar seu próprio pai, pois tinha se tornado um dos crepusculares de Sebastian. Os dois sempre foram melhores amigos e tudo o que tinham era um ao outro, tanto que eles se tornaram parabatais, e é aí que o leitor morre e começa toda a problemática do livro. 

Emma após 5 anos da morte de seus pais ainda caça o seu assassino, ela não é mais uma criança assustada e inconsequente (talvez um pouco), ela se tornou uma promessa, ela é vista como o próximo Jace de sua geração. Mas nesses anos que se passaram o que mais a move em busca desse assassino é a sede de vingança e a única coisa que consegue estabiliza-la é Julian, que sempre cuidou de todos e tem um fardo insuportável em seus ombros, além de cuidar de 4 crianças. A vida de Julian e Emma é repleta de dor e sofrimento o que deixará o leitor com o coração partido em determinadas partes da estória. Mas tudo parece se encaixar quando depois de tantos anos corpos de fadas são encontrados semelhantes aos corpos dos pais de Emma, coberto de marcas e molhados com água do mar. Emma, Julian e todos os Blackthorn buscam pistas desse assassino que voltou, mas eles não podem contar com a ajuda da Clave, pois ela é uma forma de governo totalmente antiga e fechada para ideias jovens. Sério leitores, se eu já tinha ódio da Clave, nesse livro eu quis matar cada integrante deles, pois eles deixaram assuntos inacabados debaixo do tapete para apenas mostrar que eles tinham razão.

Com todo o passado de Emma vindo à tona é claro que o de Julian não iria ficar parado, seu irmão Mark, que havia sido levado pelas fadas, volta totalmente transformado. Desde esse ocorrido Julian se tornou um adolescente forte e o único a cuidar dos irmãos menores, e com a volta de Mark, Julian fica desestabilizado pois pensava que seu irmão tinha partido para sempre. Mark será a ligação dos nephilins com o reino das fadas, que foram punidas após a Guerra Maligna e agora estão desprotegidas e sendo assassinadas sem poder pedir ajuda dos Caçadores de Sombras, o que me deixou indignada, por que pelos erros de alguns todos tiveram que pagar e muitas vidas de fadas já foram perdidas. O papel da Clave é apenas se manter acima de todos, mesmo que para isso deixe povos do submundo a própria sorte. 

O outro foco da trama é o amor entre Julian e Emma, que acabou com meu coração. Eles são parabatais e segundo a lei da Clave (porcaria), parabatais jamais podem se apaixonar e isso me deixou do chão. Quando parece que tudo está indo pelo caminho certo vem um personagem e joga uma bomba e tudo vai por água abaixo. Esse amor proibido é clichê mas é quase impossível não se sentir mal por ele. Uma das coisas que mais me chamou atenção foi a união dos Blackthon e da Emma, mesmo ela não tendo o mesmo sangue eles a acolheram. O envolvimento deles com o caso dos pais dela mostra que todos a aceitaram independente do sangue. 
E sobre o final do livro eu MORRI de tristeza e ódio. Por que os personagens da Cassandra sempre têm que encerrar o livro fazendo coisas erradas? Então se você quer ler um livro com amor proibido, mistérios e assassinatos esse é uma boa. E pra quem já leu os outros livros da autora teremos um pouquinho dos antigos personagens e algumas novidades em Dama da Meia-Noite.

4 comentários:

  1. Se eu já amava tudo isso em Instrumentos Mortais, agora só amo mais! O Mundo da Cassandra é maravilhoso! 😍❤

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  2. Amei a resenha q vc fez sobre essas livro, confesso q ainda ñ li mas após ler oque vc escreve irei ler.

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  3. Oiie.
    Amei esse livro! Achei ele melhor que os anteriores... A protagonista é mais independente, ela vai logo e faz. Gosto muito da Emma... Fiquei pasma com algumas cenas. Na minha opinião a Cassie se superou!
    Amei a resenha.
    Beijos,
    Keth.
    Blog: www.parbataibooks.blogspot.com.br

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  4. Nunca li nada desta autora, mas ultimamente estou querendo começar a ler Os Instrumentos Mortais, adorei o post <3
    brunopullman.tumblr.com

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 renata massa